Rede pessoal de Divino Leitão.
A ASSISTENTE

A ASSISTENTE

THE ASSISTANT (2019)

Vi ontem a noite, na Amazon Prime.

Fica o aviso que este não é um filme “fácil”,. Me senti incomodado todo o tempo, tentado a desligar e só não o fiz porque não sou de desistir de filmes. Mesmo irritado, vi até o fim e valeu, porque a história não é — exatamente — o que parece.

Basicamente mostra um dia de trabalho de uma assistente em uma empresa ligada a filmagens e sua rotina, que de tão literal, chega a incomodar e neste quesito está todo o mérito do filme.

Se quer assistir apenas para passar o tempo, não vai funcionar. Pois é daqueles filmes em que se tem que pensar no que está — de fato — acontecendo.

Confesso que só entendi o propósito do filme bem depois do final, que — quase — me supreendeu. Inicialmente de forma negativa, mas quando pensei melhor, percebi que se trata de um filme poderoso, cheio de mensagens e o final tem tudo a ver.

Direção competente de Kitty Green, que escreveu o roteiro e da protagonista, a atriz Julia Garner, que segura muito bem o papel.

E não posso contar mais, sob pena de estragar sua compreensão, simplesmente tente assistir e depois comente sua conclusão, farei o mesmo.

Quem — como eu — não suporta spoiller, evite ler os comentários, pois seria impossível evitar entregar tudo ao dar uma opinião. Recomendo ler só depois de assistir.

 

One comment

  1. Se assistir ao filme apenas pelo que mostra na tela você vai se irritar e este parece ser mesmo o propósito, incomodar o espectador.
    A personagem é chata até o “talo”, tem um comportamento antissocial e vitimista e isso fica bastante claro em diversas cenas, porém a mensagem que o filme pode passar é a de que todos estão errados e apenas ela certa.
    Nem é questão de quem está “errado” ou “certo” mas de postura perante os fatos. Na cena em que a protagonista tenta fazer uma denúncia fica evidente que apesar da denúncia ser válida — especialmente nos tempos atuais — não era de sua alçada, como diz seu interlocutor, cada um é “grandinho” o suficiente para saber o que deve fazer.
    O filme faz refletir sobre o significado real do “politicamente correto” e da nossa postura nas relações sociais.
    Para mim foi bastante significativo, especialmente para que eu tenha uma visão mais ampla da situação atual, onde estamos nos acostumando a ver o poste mijar no cachorro e começando a achar que é “normal”.
    O maior problema deste filme é que a vontade de mudar para outro é constante… falei 3 ou 4 vezes para minha esposa que ela não devia me deixar ver estas “porcarias” e no final comentei…
    — Pra completar só falta acabar agora…
    E pimba, acabou mesmo!
    Só pela manhã, pensei novamente no filme e entendi todas as mensagens subliminares que não tinha sequer percebido, mas certamente ficaram em minha mente ou eu não pensaria nele de novo.

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